quarta-feira, 9 de março de 2011

Km0

Deixaste-me no vazio, desprendida das asas que me têm feito levitar nos últimos tempos.

Por um lado sinto-me triste porque o fulgor da emoção desvaneceu-se, por outro encontrei um pouco mais de tranquilidade para te saber amar de outra forma.

Estava no cume da paixão e esta cega, leva-nos a comportamentos desmedidos, impulsivos e de facto algo possessivos e obsessivos. Porém, julgo resultarem do estado do apaixonamento, aquela fase em que estamos encantados com tudo o que o outro nos diz ou possa vir a dizer.

Passei para uma nova kilometragem, a da serenidade, a do momento, a do vive cada dia como se fosse o último. Pretendo que esta nova etapa, fase, caminho, rodagem, whatever, seja feita a teu lado, de uma forma mais madura, menos efémera e de forma consistente. Sem chatices, sem pressões e sem dramas mas com vigor, vida e entusiasmo.

Já passamos por algumas etapas, outras hão-de vir as quais julgo que ainda  pretendemos vir a fazê-las juntas e de forma diferente. Porque é isto uma relação, é um novo começar a cada momento, a cada relance, a cada instante. Se não o fosse, não valeria a pena sermos diferentes.

Uma coisa não consigo compreender, a amargura e a raiva com que falas comigo, nas poucas vezes que o fazes. Demasiadamente farta? Quando ouves notícias minhas ainda ficas contente e emocionada ou respiras de alívio com o meu silêncio. Sê sincera, eu estou a sê-lo como sempre fui, da melhor e da pior forma também.

Julgo não ter cometido nenhum erro hediondo nem sequer irreparável. Se o fiz foi por paixão e amor e levei-te a um estado de sufoco e de saturação que até a mim já me estava a consumir!

O nosso cd já está feito, ficou lindo! Retrata os bons momentos que passamos. Pode seguir viagem para junto de ti? Quero que o oiças com o coração e a alma abertas para meditares e veres se realmente não vale a pena continuar. Eu acredito na força do sentimento verdadeiro, puro e de coração. O meu por ti é assim.

Sem margem para hesitações nem dúvidas!

Beijo meu

09/03/2011

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